sexta-feira, 2 de março de 2018



O QUE É O AUTHENTIC JAZZ?


Quem se liga na cena cultura da nossa cidade, gosta de jazz e dança, já esbarrou por aí com algum par dançando Lindy Hop, seja nos grandes eventos como o I love jazz ou mesmo em vários vídeos que rolam nas redes sociais e youtube. É ou não é? Felizmente essa dança irresistível e charmosa nascida no Harlem de meados dos anos 20 ganha cada vez mais o coração e pezinhos belorizontinos.
Mas hoje a gente vai contar sobre mais uma possibilidade dentre os vários estilos de dança que compõem as chamadas Swing Dances. Estamos falando do Authentic Jazz. Mas o que é que vem a ser isso?
De uma forma beeem geral, o Authentic Jazz é uma dança solo, composta por um repertório de movimentos que passa por estilos como o ancião Cakewalk, o Charleston, o próprio Lindy e o sapateado. Isso pra ficar por aqui, pois considerando que é uma dança de raízes afro-americanas, poderíamos estender essas influências por um leque ainda maior.
Contudo, até a década de 40, 50, as pessoas da cena se referiam ao estilo apenas como Jazz ou Jazz dance. O termo Authentic passou a ser usado por causa da necessidade de diferenciá-lo da então modalidade que estava em ascensão: o Modern jazz, com movimentos mais ligados ao ballet e nem tanto conectados ao estilo de Jazz dance de meados dos anos 20/30. Segundo o artigo What is Authentic Jazz Dance, suas principais características são: - A individualidade: cada dançarino é único. A dança tem seu código de movimentos, mas cada um os interpreta de acordo com suas habilidades e identidade. - Ritmo é tudo! Segundo Pepsi Bethel, dançarina da velha guarda do Authentic Jazz, não existe uma maneira definitiva de se dançar; mas o ritmo deve ser sua mais forte referência. - O diálogo com a música deve orientar a dança. É como se o seu corpo fosse mais um instrumento da orquestra! Então, se você quer ser um(a) autêntico(a) jazz dancer, seja para aprimorar suas habilidades no Lindy Hop ou mesmo explorar uma nova dança riquíssima em possibilidades de movimento, tenha certeza de que vai se apaixonar pelo Authentic jazz!
Não perca a aula inaugural da turma regular que vai começar na Myra dia 06/03 (3a), às 19h. Pra se inscrever é só preencher esse formulário. A gente se vê lá!

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018




O carnaval tá dando tchau e agora aqui estamos nós retomando a rotina e tentando tirar o glitter do corpo!

Vai passar o fim de semana recuperando as energias pra encarar a segunda feira? Então temos uma dica bacana de uma série de dança recém lançada no Netflix (esse que também foi companheiro de muita gente no carnaval, né non?): We Speak Dance.

Uma bailarina chamada Vandana Hart dá um rolê incrível pelo mundo procurando pelas danças e pessoas dançantes de lugares como Paris, Vietnã e Bali. 

Hart comanda os episódios sendo um mix de bailarina-aluna-etnóloga. Além de dançar, ela também foi consultora da ONU e jurada no programa So You Think You Can Dance no Quênia (devem ter sido experiências muito legais). Ao que tudo indica, isso resultou no olhar sensível e político que a bailarina nos apresenta na série. 

Hart extrapola os aspectos estéticos e técnicos já tão explorados devido à óbvia força imagética da dança. Em cada contexto, ela busca os nativos para apresentar as muitas faces das expressões contemporâneas em dança, sempre apontando os impactos sociais, de identidade e de sujeitos políticos dos cenários de cada estilo. 

Em Paris, por exemplo, a bailarina passeia pelo mundo do Burlesco (nascido na capital francesa) sem deixar de apontar que essa dança é contemporânea ao movimento das sufragistas. Ao mesmo tempo, a cena francesa do hip hop e do Vogue dão uma enorme visibilidade a questões da periferia e sobre identidades de gênero. No episódio de Vietnã, a cicerone de Hart é uma mulher trans, que afirma a importância da dança para o seu empoderamento.

Mas, chega de spoiler! Ficamos super felizes com a série, por causa dessa perspectiva e por isso quisemos dividir com vocês. Agora é esperar pela segunda temporada e torcer para que a Vandana apareça em terras tupiniquins pra mostrar pro mundo a diversidade da nossa cena de dança!




Já assistiu a série? Ficou com vontade? Estamos loucos pra ter com quem trocar figurinhas! Deixa um comentário pra gente!

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018



Carnaval e dança em BH? Dá uma olhada aqui

Ok, a gente sabe que você quer pular carnaval mas nunca vai deixar de ser um aficionado por dança. Sabemos que tem uma infinidade de blocos maravilhosos em BH (eba) mas nos atrevemos a escolher alguns bloquinhos que têm propostas irresistíveis, pra pular dançando ou dançar pulando, como queiram! Dá um confere:

Bloco Magnólia: sim, nosso lado hopper é ultra aflorado e assumido. Por isso o Magnólia aparece primeiro. É um bloco de Carnaval inspirado nos cortejos de Jazz do Mardi Gras. Certeza que você vai encontrar 90% da cena de Lindy Hop de BH por lá.

Bloco Pisa na Fulô: bloquinho de forró!! O Pisa já até batizou a pracinha do bairro Carlos Prates e esse ano promete muito forró de raiz no repertório!

Bloco Aki Cê Dança: esse foi criado por amantes da dança de salão e prometem um baile em pleno carnaval, lá na praça Afonso Arinos!

Bloco Como te lhama?: sim, a redatora sabe, já passou o desfile deles, ela perdeu e segue lamentando (saíram no último dia 6). Mas é só pra ficar registrado que som deles é DELICIOSO (fui no último show, rá), com muita cumbia, pitadas de salsa e tem até Dona Onete no repertório.  Fã assumida. <3

Bloco Corte Devassa: uai, mas esse é de dança? Não! Mas é de uma lindeza tão grande que ganhou lugar na lista também. Segundo eles, Maria Antonieta e Carlota Joaquina cansaram de ser belas, recatadas e do lar. Daí, pra dar conta do calor do carnaval, rasgaram as saias, botaram o espartilho e cinta liga de fora e capricharam no decote.  A redatora já foi montada, corpete, pluma e flor no cabelo, fez pole dance nas placas da rua Sapucaí. Seguiu direitinho o hino da Corte,“solta o espartilho que hoje eu não sou de ninguém!!”

Pra achar as informações certinhas, é melhor procurar seguir os bloquinhos no Facebook e no Instagram (sem contar que eles costumam fazer festas e shows sempre). E pra continuar dançando o ano todo, aí é com a gente! Só entrar em contato pra saber das nossas turmas e horários. ;)

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017


7 Razões para aprender samba no pé agora!!


Esquindô esquindô!!! Tá chegando o carnaval, tá passando o prazo de colocar as resoluções de ano novo em dia (sabemos que tem um item lá que é aprender a dançar). A gente montou um curso rápido-ninja-amor pra você ser o bapho da vez nesse carnaval. Mas se você ainda quer mais motivos, se liga nas razões pelas quais você não pode mais viver sem sambar no pé:

  1. Porque você quer botar seu bloco na rua

Sim, o carnaval tá aí batendo na portinha! Já deu de ficar só admirando quem arrasa nos bloquinhos. Seja você o folião ou foliôa que arranca aplausos e “uhuulll” da galera. Habemus Sapucaí em Minas e não queremos ficar pra trás de nenhum passista carioca.


2. Porque se Anália não quiser ir você pode ir só

Aquela pergunta que nunca quer calar: eu preciso de par para fazer o curso? Não precisa!! Oba!
Quer dizer que quando alguém te fizer de pai-joão e disser “eu agora tenho par”, você manda um sorriso e arrasa na pixxta sem precisar de ninguém.

3. Porque a sorrir você pretende levar a vida

Olha, sabemos que esse papo pode até estar meio batido, mas é verdade e quem dança já sacou: dançar produz toneladas de endorfina, aquele hormônio famosão que provoca sensação de bem estar. É bom demais mesmo! Por isso é comum que muita gente procure aulas de dança por recomendação médica.

4. Porque você não é nem ruim da cabeça e nem doente do pé


Por falar em saúde, ainda temos mais o que dizer: dançar é uma atividade física que engana até os mais preguiçosos! Isso porque você se movimenta, sua, melhora a condição cardiorrespiratória, trabalha força, flexibilidade e equilíbrio. Isso tudo sem nem perceber.
Tá precisando queimar as gordurinhas que ficaram de lembrança do fim do ano? Então segura essa marimba: é possível queimar até 600 calorias com meia hora de requebros e malemolências.

5. Porque você quer saber o que é que a baiana tem

Essa pergunta foi imortalizada na voz de Carmem Miranda, na canção composta por Dorival Caymmi. Ela ficou famosa por causa do filme Banana da Terra, de 1939. O compositor contou que para fazer a música se inspirou nas mulheres que se enfeitavam para “saracotear” nas ruas em dias de festa.
Saracoteio e enfeite é com a gente mesmo! Seja você moço ou moça, no nosso curso você vai ver como é possível criar movimentos incríveis mesmo com um repertório pequeno!

6. Porque o mulato é inzoneiro mas você não!

Apostamos que você já cantou várias vezes: “Meu Brasil brasileiro...meu mulato inzoneiro…vou cantar-te nos meus veeeersos!!”. E você lá sabe o que vem a ser inzoneiro?! A gente foi procurar saber o que foi que o Ary Barroso quis dizer com isso.
Inzoneiro (ou enzoneiro) quer dizer alguém sonso, que faz intriga, mexerico. Na música, é uma referência ao estereótipo do mulato enganador. Mas ninguém mais cai nessa ideia preconceituosa, né verdade?
Então mostra pro mundo que além de bom sujeito você aprendeu a sambar no pé e Carlinhos de Jesus que se cuide.

7. Porque a liberdade abre as asas sobre nós

O samba no pé tem suas técnicas e códigos, mas você é livre para interpretar a música e criar os movimentos que quiser! O que a gente quer é te mostrar algumas bases, conversar sobre a música e estimular a sua criatividade. Porque no fim das contas o show é seu e ele tem que continuar.

Fizemos esse post pra te divertir e colocamos alguns links pra você ouvir algumas das músicas com as quais brincamos ao longo do texto. Porque desde que o samba é samba é assim, mas aqui na Myra não é a tristeza quem é senhora!

Tudo o que você precisa saber pra sambar na cara da sociedade com a gente:

Curso Rápido de Samba no Pé

Conteúdo:
  • Caminhadas e variações
  • S´s e inversões
  • Enfeites
  • Base do Samba no pé

Dias: 21 e 23 de fevereiro, terça e quinta
Horário início: 19:30
Horário término: 21h
Carga horária total: 3 horas
Local: Espaço Myra de Arte - rua Cássia, 316, Prado
Investimento: $78 alunos da Myra e apoiadores da Vakinha | $85 público em geral
Formas de pagamento: dinheiro, cheque, cartão de débito ou crédito
O curso será confirmado apenas se atingirmos o número mínimo de alunos! As inscrições devem ser feitas pelo email espacomyra@gmail.com, ou pelo 99227 8435(Daniel Vidal).



segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Sempre que me perguntam se comecei a dançar fazendo ballet acho divertido responder que comecei na dança de salão mesmo, aos 12 anos de idade. Fui assistir à aula da minha mãe, que fazia aulas particulares duas vezes por semana. Roubei uma delas, depois roubei as duas...e, pulando um pedação da história, cá estou eu com uma carreira de dança, atuando há mais de 20 anos como bailarina e professora.

Muitas aulas, palcos e experiências depois, me deparei com questionamentos durante esse caminho e tentei fazer deles reflexões produtivas. O mais forte desses questionamentos foi em relação ao gênero na dança de salão. Muitos porquês aflorando junto com minha consciência feminista e meu processo de autoempoderamento feminino.

Ao começar a dançar, bem novinha nas aulas com meu irmão mais novo, pude ouvir palavras como “comando” e expressões como “a dama obedece ao cavalheiro”. Forte, não? Naturalizado, contextualizado, não questionado, foi passando batido e sendo reproduzido sem grandes problemas. Com o tempo, comecei a levantar essas questões. Alguma adesão, muitos comentários como “ah, mas o que você quer, mulher conduzindo? Aí vai descaracterizar... e a tradição”? Alguns se referiam à relação de se dançar em par como um diálogo. Sempre discordei. Diálogo onde um só é o emissor da informação? E sempre o homem é esse emissor? Falácia. Reprodução do que já se assiste na sociedade.

Sempre acreditei que a dança de salão tem um potencial incrível e que ficar engessado em heteronormatividades já estava passando da hora de ser abandonado. Muito simples manter o jogo onde um propõe um movimento, o outro entende e responde... no qual os papeis podem ser escolhidos independente de gênero. Por que não? Vejo nisso uma explosão de possibilidades, uma revolução do movimento compartilhado por um par.

E aí, essa semana, com um engajamento incrível, nossos queridos Be Hoppers iniciam a campanha “30 Atitudes contra o Machismo na Dança”. Que sorte, que felicidade ir encontrando pessoas que compartilham e defendem os mesmos pontos de vista que eu. Que alegria ver tudo tomando forma – nas ideias e nos corpos. Cheguei a pensar que não assistiria – ou melhor, faria parte – disso tudo, que seria algo para as próximas gerações.

É lindo ver uma dança com uma história imbricada de símbolos e códigos machistas ser exatamente o palco dessa desconstrução. Que a dança de salão siga viva, cada vez mais humana e inclusiva das novas formas de se pensar e se relacionar!


Fabiana Dias

Foto: não tinha os créditos - possivelmente Gilberto Goulart ou Jaque Martins. Nela, eu e a Anne Morais, uma aluna querida que desde a primeira aula topou aprender a conduzir e a ser conduzida. <3

segunda-feira, 21 de março de 2016

Pra quem não sabe a gente conta, pra quem sabe a gente conta mais: 


Nosso professor e bailarino Daniel Vidal hoje em dia também é um fotógrafo com um olhar único e de criatividade sem limites – influência da sua experiência de muitos anos nos palcos da dança. Ele e sua super talentosa parceira Fernanda Peixoto organizaram um workshop com a ideia de introduzir os iniciantes no mundo da fotografia e também aprofundar tecnicamente com os iniciados. Toda oficina vai durar oito horas, sendo uma parte no sábado e outra no domingo.

Que dia e que horas?

Dias 02 e 03 de abril.
No sábado, de 10 às 12h, com intervalo para almoço. Retomamos às 13h e vamos até às 16h.
No domingo, vamos trabalhar de 10h às 13h. Esse será o momento de analisar as fotos e tirar dúvidas.


Onde?

No Espaço Myra de Arte. É uma casinha simpática que fica no Prado, na rua Lagoa Dourada, 67, entre a Contorno e a Francisco Sá.


O que é que vamos aprender?

- Câmera por partes (funcionamento da câmera)
- Modelos de câmeras
- Fotometria
- Qualidade da Luz
- Flash embutido
- Modos de operação da câmera
- Qualidade, direção e cor da luz

Quem são os professores?

Só pra introduzir, essa dupla já teve fotos premiadas num concurso da ISPWP – Verão 2015 (International Society Professionals Wedding Photographers).
Daniel Vidal, fotógrafo formado pela Escola de Imagem. Consegue achar beleza, poesia e movimento em coisas e momentos inusitados. Dizem que é pela sensibilidade que a dança aguçou nele.
Fernanda Peixoto, também formada pela Escola de Imagem, já soma milhares de cliques em 7 anos de sorrisos, alianças e momentos de “felizes para sempre”.

Mas eu não tenho equipamento!

Sem problemas! A ideia é aprender a lidar com os recursos que você tiver. Pode ser desde uma câmera profissional até a do seu celular.

 

Qual o valor do investimento?

O curso inteiro sai por R$260 e tem promoção: os seis primeiros inscritos vão ganhar 15% de desconto. Então...corre!!

Como faço pra me inscrever?


É só mandar um email para espacomyra@gmail.com. Se preferir falar com o Daniel ou precisar de mais informações ligue para 99227 8435.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015


Atendendo a pedidos, estamos de volta! Em curta temporada pra fechar o ano, com novas propostas e novos elementos. Você ainda não viu tudo...
Info: espacomyra@gmail.com | 99227 8435 | 992278493


“Em 2014, fomos invadidos por uma onda de arte. Uma onda que entrava pelo portão, abria e fechava portas e janelas, passava cantando pelo banheiro, tomava banho no tanque, procurava pelo Antônio, dançava voando que nem borboleta casa afora. Uma onda de movimentos que preencheu todos os cantos da casa com uma dança inusitada e poética. A casa, que de repente se transformava numa galeria de arte em movimento, dava espaço para olhos curiosos procurarem, escolherem e se misturarem com um lugar que é ao mesmo tempo casa, cenário e plateia. Um espetáculo? Uma performance? Uma ocupação? Respondam como quiserem... o Invasão de Domicílio é difícil fazer caber. É experiência que transborda. É vivência que inunda. É dança que invade.” 
Em 2015, os invasores voltam a abrir as portas do Espaço Myra de Arte. No grupo, bailarinos profissionais e amadores são dirigidos por Carlos Arão, um dos fundadores do Coletivo Movasse – a fonte de criação e propulsão do trabalho. Sendo uma proposta sem fronteiras, o Invasão tem como território além casa o grupo de estudos Mergulho 747, o “cômodo dialógico”, lugar de pensar as formas de se fazer dança na contemporaneidade.



Invasão de Domicílio 21/11/2015





Invasão de Domicílio 28/11/2015




Invasão de Domicílio 05/12/2015





Invasão de Domicílio 12/12/2015